Segundo o Manual de Oslo (1990-1992-1997), inovação é a introdução de algo novo em qualquer atividade humana. A diversidade do significado de inovação dá-se pela abrangência da sua aplicação como vetor de desenvolvimento humano e melhoria da qualidade de vida. No fundo, se cada um de nós se debruçar sobre as suas próprias experiências diárias tem matéria de sobra para perceber os processos inventivos e de inovação. Desde longas histórias de evolução (como a eletricidade ou o telefone), até pequenos marcos que vão alterando gradualmente o nosso dia-a-dia.

Sugiro fazermos um exercício de visualização. Imagine o seguinte cenário: o despertador toca e, imediatamente, os estores sobem, deixando entrar os primeiros raios de sol da manhã. Ao mesmo tempo, na cozinha, a máquina do café começa a trabalhar, proporcionando-lhe um acordar calmo e relaxado. Uma casa inteligente é isto que lhe proporciona. Embora esta ainda seja uma realidade em crescimento, há cada vez mais formas de tornarmos as nossas habitações num local mais confortável, seguro e, claro, eficiente.

Já usufruímos de forma generalizada de algumas das evoluções proporcionadas pela tecnologia, como os telemóveis, televisões e robots aspiradores. Contudo as casas inteligentes irão aumentar estas comodidades já amplamente utilizadas. A domótica é uma das principais causas. A domótica não é mais do que a integração e automatização de todos os dispositivos inteligentes de uma casa num único sistema. Desta forma, os proprietários têm a possibilidade de controlar a sua casa através do telemóvel ou por comandos de voz, com a ajuda de assistentes virtuais como a Alexa (Amazon), a Siri, (Apple) ou o Google Assistant.

Já são vários os equipamentos à venda com capacidade de integrar uma casa inteligente. Existem opções para todos os gostos: luzes, eletrodomésticos, sistemas de aquecimento, estores, fechaduras, câmaras de segurança e até equipamentos de rega. Já imaginou o que seria não ter de transportar as chaves de casa para todo o lado? Com as fechaduras inteligentes é possível. Estes dispositivos permitem abrir as portas de casa com um código gerado na aplicação no telemóvel, com um toque no smartphone ou através de um sensor de presença, através do bluetooth, à semelhança do que já acontece com as chaves de muitos automóveis.

Quem aposta numa casa inteligente procura, por norma, três coisas: poupança energética, segurança e conforto. Consegue ainda a valorização do imóvel e a poupança nos seguros entre as vantagens de ter uma casa destas.

Existem também desvantagens quando falamos em smart homes. Ao mesmo tempo que é um dos pontos fortes destas casas, a segurança, sobretudo a cibernética, pode ser encarada como uma preocupação. A dependência da internet também pode configurar-se como um problema, caso haja algum problema na rede ou falha de energia. Por fim, a rápida evolução tecnológica pode levar a que alguns equipamentos fiquem rapidamente desatualizados e, em alguns casos, deixem de receber atualizações.

O balanço é sem dúvida positivo. Resta-nos ver que novas funcionalidades e tarefas a tecnologia nos irá oferecer, permitindo uma crescente comodidade e usufruto dos nossos lares.