Celebra-se a 21 de março o Dia Internacional das Florestas, instituído por resolução da Assembleia Geral das Nações Unidas em 28 de novembro de 2013, promovendo-se, através da realização de diversos eventos, a consciencialização sobre a importância de todos os tipos de florestas e árvores fora das florestas, em benefício das gerações atuais e futuras.

Sou de opinião que atualmente a sociedade civil melhorou consideravelmente o seu conhecimento sobre a importância das Árvores, em particular, e da Floresta, no geral.

Provavelmente porque após o incêndio de Pedrógão em 2017, a Floresta deixou de ser (apenas) motivo de abertura de telejornais em julho e agosto, e passou a estar na agenda dos decisores políticos e das entidades governamentais ao longo de todo o ano!

Mas, o combate aos incêndios são uma visão muito redutora da importância da Floresta e não é por acaso que o tema escolhido para as celebrações de 2023 é a “Floresta e Saúde”.

Sim, proteger a Floresta é cuidar da nossa Saúde.

Porque através da Floresta melhoramos a qualidade do ar quando sequestramos o carbono que reside na atmosfera, porque asseguramos a disponibilidade e a qualidade da água que necessitamos, porque regulamos os ciclos hidrológicos, ou porque fixamos os solos e impedimos que a ação das chuvas provoquem a erosão dos mesmos.

E como nos sentimos quando passeamos e apreciamos a paisagem, aquela que muda em função da estação do ano? Ou quando praticamos atividades de ar livre, sem perceber o valor do que nos rodeia?

Atualmente, uma das maiores preocupações dos países desenvolvidos são as Alterações Climáticas, e a Floresta é, indiscutivelmente, a forma mais óbvia, de as mitigar e, esperamos todos nós, de as inverter.

A produção de pasta e papel, a extração de cortiça ou a fabricação de aglomerados e paletes, para além da produção de pellets ou de energia elétrica a partir de biomassa, serão diminuídos face à importância do novo paradigma na Floresta: os serviços do ecossistema.

Valorizar ao produtor florestal o sequestro de carbono, a qualidade da água ou do ar, o efeito paisagem ou a manutenção da biodiversidade serão os novos produtos da Floresta, e entendemos essa evolução num contexto de uma sociedade mais exigente, mais informada e consciente que os recursos são escassos, pelo que às gerações de hoje exige-se assegurar o amanhã dos nossos filhos!