INFRAESTRUTURAS EM SÃO TOMÉ E PRINCIPE [HENRIQUE POSSER]
14 Março, 2024
14 Março, 2024
Como em qualquer lugar de trabalho, o dia a dia na ACA em São Tomé e Príncipe é cheio de desafios e resultados. Começamos o dia com as distribuições de pessoal, máquinas, ferramentas e acessórios, tudo de acordo com o plano de trabalho previamente definido. O objetivo no final de cada dia é concluir as metas diárias estabelecidas, mas levando sempre em consideração a qualidade de execução, as condições de trabalho e a segurança de todos os envolvidos.
Agora num olhar mais focado em São Tomé e Príncipe, estamos a falar de um pequeno país onde as infraestruturas são apenas um dos setores de grande necessidade, a par da saúde, educação e o saneamento básico. Mas focando apenas nas infraestruturas, no país ainda há muito que tem de ser feito, infraestruturas elétricas, rodoviárias, telecomunicações e outras. É difícil afirmar qual a mais necessária quando no mundo atual em que vivemos, todas as que citei são indispensáveis. Resumindo, o que falta mais em São Tomé e Príncipe em termos de infraestruturas? Tudo. Estamos hoje melhor do que estivemos ontem, sim, mas ainda estamos longe de grandes realizações em termos de infraestruturas.
Num olhar mais centrado na minha pessoa, eu estagiava numa instituição estatal responsável pela regularização de normas construtivas no que diz respeito a edifícios e a urbanização da cidade. Dentro da mesma fazia parte de uma equipa multidisciplinar, no qual os nossos desafios iam desde análise de projetos, elaboração de orçamentos, aprovação, fiscalização até suspensão de obras. No final do estágio fui chamado para uma entrevista na ACA, no qual o objetivo era recrutar alguém para a função de Técnico de Higiene e Segurança. Após a entrevista fui logo selecionado e com o tempo fui adquirindo conhecimentos, experiências e habilidades que me fizeram posteriormente começar a fazer também trabalhos de outras áreas, mais especificamente da Qualidade, Ambiente, Segurança e Social, e com isso chegar finalmente à função plena de Técnico QAS. Com a saída do responsável da área na altura, por hierarquia e para suprir as necessidades e ocupar o posto, passei a ocupar a função de Responsável QAS.
Falar do meu trabalho envolve falar de muitos desafios, pois desempenho diversas funções e atividades, o que faz que com que a organização e gestão de tempo sejam as maiores competências necessárias para tal. Mas costumo dizer que o maior desafio de todo o trabalho, antes de tudo, são as pessoas. Os trabalhos são feitos de pessoas, por pessoas, com pessoas e para pessoas. Quanto maior a facilidade de comunicação, interação e relação entre colegas, mais fácil é organizar, trabalhar e solucionar problemas. Tendo o primeiro desafio ultrapassado, os outros são de execução. E nas minhas funções e atividades posso dizer que, de execução, a falta de proatividade e organização por parte de pessoas, são os maiores desafios que tenho de enfrentar para conseguir cumprir com os prazos, prever e/ou antecipar problemas e entregar resultados. Proatividade e organização são habilidades intrínsecas.
Como forma de finalizar, quero destacar a nossa incrível ilha! A natureza, as pessoas, os lugares… nenhuma ilha, cidade ou país é tão único quanto aquele que reflete o que a maioria das pessoas que nele se encontram são.